Pix parcelado já funciona em 10 bancos; entenda regras e riscos da modalidade

Smartphone exibindo a logo do Pix ao lado de teclado e caderno vermelho.
Pix parcelado já funciona em bancos brasileiros e aguarda regulamentação do Banco Central. (Foto: Shutterstock)

O Pix parcelado, que deve ganhar regulamentação do Banco Central ainda em setembro, já é uma realidade para clientes de pelo menos dez bancos e instituições financeiras no país. Segundo levantamento da Folha de S. Paulo, a modalidade é oferecida tanto na forma de empréstimo pessoal, com parcelas debitadas diretamente da conta, quanto pelo cartão de crédito, em que o valor é lançado na fatura.

Entre os bancos e fintechs que já disponibilizam o serviço estão: Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Santander, Caixa, Nubank, Inter, C6 Bank, Mercado Pago, Banco PAN e will bank. Cada instituição aplica regras próprias de parcelamento, limites e taxas, que variam conforme o perfil do cliente.

Como funciona o Pix parcelado

  • Empréstimo pessoal: o banco libera o valor integral da transação para quem recebe o Pix, mas o cliente que enviou paga em parcelas, com juros cobrados diretamente em conta.
  • Cartão de crédito: o valor é lançado na fatura e pode ser dividido em até 12 vezes (em alguns casos até 18). Inicialmente, não há juros, mas podem incidir taxas ou IOF, além dos juros altos do cartão em caso de atraso.

Segundo especialistas, a modalidade deve ampliar o acesso ao crédito, inclusive para brasileiros sem cartão, mas exige cautela. Taxas variam de 1,59% a até 9,99% ao mês, o que pode transformar o parcelamento em uma dívida cara.

Regras por banco

  • C6 Bank: Pix no crédito desde junho/2025. Juros a partir de 3,99% ao mês, parcelamento em até 12 vezes, sujeito à análise.
  • Itaú Unibanco: disponível desde novembro/2024 para todos os clientes. Parcelamento em até 12 vezes, juros variam por perfil.
  • Inter: oferece desde outubro/2023 pelo cartão. Parcelamento em até 18 vezes, com juros a partir de 2,99% ao mês.
  • Santander: estreia do Pix no crédito em setembro/2025. Parcelamento em até 12 vezes, com juros a partir de 1,59% ao mês. Pix no empréstimo pessoal já existe desde 2022, com até 24 parcelas.
  • Will bank: oferece Pix no crédito desde abril/2023 e parcelado no empréstimo pessoal desde novembro/2023. Juros variam conforme o perfil.
  • Mercado Pago: disponível desde 2021. Permite parcelar em até 12 vezes via cartão ou linha de crédito.
  • Nubank: Pix no crédito desde julho/2022. Parcelamento em até 12 vezes, com simulação no app para cada perfil.
  • Bradesco: desde 2022, oferece crédito vinculado ao Pix quando não há saldo suficiente. Modalidade no cartão deve ser lançada em breve.
  • Banco do Brasil: Pix parcelado via empréstimo pessoal a partir de R$ 100, contratado diretamente na tela da transação.
  • Banco PAN: oferece no cartão desde março/2024 (juros a partir de 9,99% ao mês, até 12 parcelas) e no empréstimo desde outubro/2024 (juros de 8,60% ao mês, até 18 parcelas).

Cuidados necessários

Especialistas reforçam que o Pix parcelado deve ser usado com cautela. Como se trata de empréstimo com juros, pode sair mais caro do que descontos oferecidos em pagamentos à vista ou outras linhas de crédito, como o consignado, que tem taxas menores.

“O Pix parcelado não é apenas um meio de pagamento, mas uma forma de crédito. É fundamental comparar os custos e evitar agir por impulso”, alerta a educadora financeira Cíntia Senna, em entrevista à Folha.

Pix em números

Desde o lançamento, em novembro de 2020, o Pix movimentou R$ 76,2 trilhões até junho de 2025, em 176,4 bilhões de transações. O valor médio foi de R$ 1.362. Em 6 de junho de 2025, houve recorde de movimentações: 276,7 milhões de operações em um único dia, somando R$ 135,6 bilhões.

Com a regulamentação do Banco Central, esperada para este mês, o Pix parcelado deve se consolidar como mais uma opção de crédito, ampliando o alcance do sistema de pagamentos mais popular do Brasil.

*Com informações da Folha de São Paulo

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