A OpenAI tornou disponível nesta quarta-feira (12/11) o modelo GPT-5.1 no ChatGPT. A atualização passa a substituir as versões anteriores e inclui mudanças no comportamento do assistente, que agora oferece oito opções de personalidade e ajustes mais amplos no estilo das respostas.
A empresa afirma que o GPT-5.1 foi desenvolvido para ser mais preciso e adaptável em diferentes tipos de tarefas, combinando respostas mais diretas com maior capacidade de interpretação.
O modelo estará disponível gradualmente para usuários dos planos Business, Pro, Plus e Go. A liberação para usuários gratuitos ocorrerá após essa primeira etapa.
O lançamento inclui duas variações: GPT-5.1 Instant, voltado para respostas rápidas e instruções objetivas, e GPT-5.1 Thinking, indicado para tarefas mais longas e de raciocínio complexo.
O ChatGPT poderá alternar automaticamente entre as duas versões conforme o pedido do usuário, embora a escolha manual continue disponível.
Os modelos baseados no GPT-5, lançados em agosto, permanecerão acessíveis apenas aos assinantes pelos próximos três meses, antes de serem removidos do menu principal.
ChatGPT ganha novas personalidades
O ChatGPT passa a contar com oito estilos de personalidade: Padrão, Profissional, Amigável, Franca, Diferentona, Eficiente, Nerd e Cínica.
A lista substitui as opções anteriores e modifica a forma como o assistente estrutura as respostas.
Além disso, um grupo limitado de usuários participará de testes envolvendo controles mais detalhados sobre o comportamento do chatbot.
Entre os ajustes estão concisão, legibilidade, nível de simpatia e uso ou não de emojis. Segundo a empresa, o próprio assistente poderá sugerir mudanças nessas configurações durante conversas.
As alterações de tom ganham relevância após críticas feitas em atualizações anteriores. Durante a transição do GPT-4o para o GPT-5, usuários relataram respostas consideradas curtas e impessoais.
Em outro momento, uma atualização do GPT-4o gerou reclamações por tornar o chatbot excessivamente positivo e evitador de conflitos.
Debates sobre a “personificação” da IA
A expansão das opções de personalidade reacende discussões sobre o nível de humanização de sistemas de inteligência artificial.
Especialistas têm alertado para os riscos de ferramentas que aparentam consciência ou criam vínculos emocionais exagerados com usuários.
Mustafa Suleyman, executivo da Microsoft, é um dos críticos da abordagem. Ele afirma que assistentes com comportamento muito humanizado podem induzir percepções equivocadas sobre suas capacidades reais.
Nas últimas semanas, casos envolvendo distúrbios psicológicos associados ao uso de IA e processos contra a OpenAI por suposto incentivo ao suicídio foram citados como evidências de que ajustes de tom e comportamento podem ter impacto significativo no uso da tecnologia.
*Com informações de Tecnoblog
Espia mais:
