A Meta fechou um acordo de US$ 26 bilhões para financiar a construção do Hyperion, um data center de 370 mil m² na Louisiana. O complexo será um dos maiores do mundo e terá papel central na estratégia da empresa para ampliar sua infraestrutura de inteligência artificial.
O empreendimento ficará sob responsabilidade de uma joint venture, que será proprietária das instalações. A Meta firmou contrato de arrendamento de 20 anos para uso do espaço.
Cláusula inédita
O acordo inclui uma cláusula de “garantia de valor residual”. Caso a Meta desista do aluguel ou não renove o contrato e o valor do data center caia abaixo de um limite, a empresa indenizará os investidores.
O mecanismo, comum em setores como aviação, é raro em estruturas tecnológicas de grande porte e foi decisivo para atrair credores, diante do risco de obsolescência rápida em projetos de inteligência artificial.
“Estamos falando de construções sem precedentes, que podem perder valor em pouco tempo”, afirmou Teddy Kaplan, da New Mountain Capital, à Bloomberg.
Estrutura financeira
A Pacific Investment Management Co. (Pimco) liderou o financiamento, após meses de disputa entre grandes gestoras de ativos, com apoio do Morgan Stanley. Já a Blue Owl Capital injetou US$ 3 bilhões em capital na joint venture.
Corrida por data centers
O investimento da Meta ilustra a chamada “corrida armamentista da IA”. Segundo o JPMorgan, apenas em 2026 e 2027 o setor deve demandar cerca de US$ 150 bilhões para erguer novos data centers. Especialistas avaliam que projetos dessa escala tendem a se tornar cada vez mais frequentes para sustentar a expansão da inteligência artificial.
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