Manter a pressão arterial sob controle vai além do uso de medicamentos. A adoção de hábitos saudáveis, como a prática regular de atividade física, o controle do peso e uma alimentação equilibrada, é fundamental para evitar complicações associadas à hipertensão.
Nesse contexto, avaliar o tipo de bebida consumida diariamente pode fazer diferença significativa na saúde cardiovascular.
De acordo com especialistas, o nível de hidratação e as escolhas líquidas influenciam diretamente a pressão arterial.
Algumas bebidas podem agravar o quadro de hipertensão ao aumentar a retenção de líquidos, estimular processos inflamatórios ou interferir no funcionamento dos vasos sanguíneos.
Para pessoas diagnosticadas com pressão alta, entidades como a British Heart Foundation recomendam seguir planos alimentares específicos, como a dieta DASH (Abordagens Dietéticas para Combater a Hipertensão), que limita o consumo de sódio e incentiva alimentos ricos em fibras, antioxidantes e nutrientes cardioprotetores.
Dentro desse cuidado diário, três tipos de bebidas merecem atenção especial.
Álcool
O álcool lidera a lista das bebidas que devem ser evitadas por pessoas com pressão arterial elevada.
Segundo o portal Medical News Today, o consumo excessivo está associado não apenas ao aumento da pressão, mas também ao maior risco de doenças cardíacas e acidente vascular cerebral (AVC).
Além disso, o álcool fornece calorias vazias, favorecendo o ganho de peso, outro fator que contribui para o aumento da pressão.
Em idosos, o risco é ainda maior, já que a bebida pode causar desidratação, condição que tende a elevar os níveis de pressão arterial.
Outro efeito preocupante é a ação direta do álcool sobre os vasos sanguíneos. Embora possa causar uma redução temporária da pressão ao relaxar as artérias, o consumo frequente ou em grandes quantidades provoca um efeito rebote, elevando a pressão a níveis superiores aos iniciais.
Por esse motivo, recomenda-se evitar cerveja, destilados, coquetéis, bebidas alcoólicas gaseificadas e até mesmo o vinho.
Cafeína
A cafeína também exige moderação. Estudos citados pela British Heart Foundation indicam que a substância pode provocar um aumento temporário da pressão arterial, especialmente em pessoas sensíveis.
Embora não seja totalmente proibida, a orientação é manter o consumo controlado e, sempre que possível, buscar orientação médica para identificar a quantidade segura.
Além do café e do chá, a cafeína está presente em refrigerantes do tipo cola, bebidas energéticas e até no chocolate.
O consumo excessivo e frequente pode contribuir para picos de pressão e dificultar o controle da hipertensão.
Bebidas açucaradas
Refrigerantes, sucos industrializados, chás engarrafados e bebidas esportivas estão entre as opções mais prejudiciais para quem tem pressão alta. Ricas em açúcar, sódio e calorias vazias, essas bebidas favorecem o ganho de peso, a inflamação e a resistência à insulina.
Segundo o portal de saúde Vimec, o consumo excessivo de açúcar está diretamente relacionado ao aumento da pressão arterial sistólica e ao risco de doenças cardiovasculares.
Pessoas que obtêm mais de 25% das calorias diárias a partir do açúcar têm até três vezes mais chances de desenvolver problemas cardíacos.
O que consumir no lugar
Para ajudar no controle da hipertensão, especialistas recomendam priorizar água natural, água mineral sem açúcar, infusões naturais sem adoçar e sucos naturais em pequenas quantidades.
Essas escolhas contribuem para uma hidratação adequada sem sobrecarregar o sistema cardiovascular.
Limitar ou evitar bebidas alcoólicas, cafeinadas em excesso e açucaradas é uma estratégia simples, mas eficaz, para preservar a saúde do coração e manter a pressão arterial em níveis mais seguros.
*Com informações de O Globo
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