Um medicamento oral experimental da classe dos agonistas do receptor GLP-1 apresentou resultados que podem ampliar as opções de tratamento para pessoas com obesidade e diabetes tipo 2.
O estudo, conduzido por pesquisadores da UTHealth Houston e publicado no The Lancet, avaliou o desempenho do comprimido orforglipron.
Versão oral surge como alternativa aos injetáveis
Os tratamentos atuais baseados em GLP-1, como Ozempic e Wegovy, são administrados por injeção, necessitam de refrigeração e podem gerar incômodos no local de aplicação.
O orforglipron, por outro lado, é um agonista de molécula pequena administrado por via oral, uma vez ao dia, sem necessidade de refrigeração e sem restrições quanto ao horário das refeições.
O medicamento atua estimulando a liberação de insulina, reduzindo a secreção de glucagon e auxiliando no controle do apetite.
A principal autora do estudo, Deborah Horn, professora e diretora de medicina da obesidade na McGovern Medical School, afirma que a chegada de uma opção oral pode ampliar o acesso e reduzir barreiras para pacientes com obesidade e diabetes.
Resultados do estudo com o orforglipron
A pesquisa acompanhou 1.613 adultos em 10 países, durante 72 semanas, com doses progressivas do medicamento. Todos os participantes receberam também orientações sobre alimentação equilibrada e prática de exercícios.
As perdas de peso observadas foram:
- Entre 5,5% e 10,5% nos grupos que utilizaram o orforglipron;
- 2,2% no grupo placebo;
- Média de 10,4 kg nos níveis mais altos de dose.
Os efeitos colaterais relatados foram principalmente gastrointestinais, classificados como leves a moderados.
Quando o novo GLP-1 oral pode chegar ao mercado
Caso seja aprovado pelo FDA, o orforglipron pode ser disponibilizado a partir de 2026. Por não exigir refrigeração e ser administrado por via oral, pesquisadores avaliam que o custo pode ser inferior ao de terapias injetáveis, ampliando o alcance do tratamento.
Espia mais:












