Líderes de diversos países assinaram, nesta segunda-feira (13), no Egito, um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A assinatura ocorreu sem a presença de representantes de Israel e do grupo Hamas, partes centrais do conflito.
O evento, chamado de “Cúpula da Paz em Gaza”, foi realizado na cidade egípcia de Sharm El-Sheik e reuniu mais de 20 chefes de Estado.
O documento foi assinado por Trump, pelo presidente do Egito, Abdul Fatah al-Sisi, pelo presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e pelo emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani, países que atuaram como mediadores nas tratativas.
A assinatura do acordo ocorreu horas após o Hamas libertar 20 reféns israelenses vivos, os últimos sob o poder do grupo em Gaza.
“Conseguimos fazer o que todos diziam ser impossível. Agora, a reconstrução começa”, afirmou Trump durante a cerimônia.
Entre os líderes presentes estavam o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e o presidente da França, Emmanuel Macron.
Embora tenha sido convidado, o premiê israelense Benjamin Netanyahu não compareceu ao encontro, alegando compromissos por conta de um feriado judaico. Em discurso anterior, afirmou estar “comprometido com a paz”.
O acordo prevê o fim dos bombardeios na Faixa de Gaza e a retirada gradual das tropas israelenses, reduzindo a área de ocupação de 75% para 53%.
Também está prevista a criação de um conselho internacional para supervisionar Gaza no período pós-guerra, embora o formato de funcionamento ainda não tenha sido detalhado.
Como contrapartida à libertação dos reféns, Israel iniciou a soltura de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo 250 condenados à prisão perpétua por crimes contra o Estado israelense.
Os detentos foram entregues à Cruz Vermelha e encaminhados para Gaza, Cisjordânia e países árabes.
Apesar do cessar-fogo, pontos sensíveis seguem sem consenso. O plano proposto pelos Estados Unidos não especifica como será a transição política em Gaza, e o Hamas declarou que não aceitará “tutela estrangeira” sobre o território.
Também não há confirmação de que o grupo se comprometeu com o desarmamento total.
Trump classificou o acordo como “um marco histórico para o Oriente Médio” e afirmou que “a era do terror acabou”.
Já o presidente do Egito declarou que a iniciativa representa “o primeiro passo para a reconstrução e estabilidade da região”.
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