Manaus deve receber, já no primeiro trimestre de 2026, um centro de distribuição internacional que promete transformar o tempo de entrega de compras feitas em sites como Shein, Shopee, AliExpress e outros e-commerces.
O anúncio foi feito nesta terça-feira (2) pelo coordenador comercial do Aeroporto Eduardo Gomes, Pietro Aires, durante o evento Raízes do Investimento, organizado pela Sedecti no Senai do Distrito Industrial.
Hoje, a chegada de compras internacionais a Manaus leva entre 30 e 60 dias. Com a nova operação, conhecida como courier, um modelo de entrega expressa internacional, o prazo deve cair para cerca de 7 dias.
“Vamos reduzir o processo de e-commerce internacional das cargas que vêm da Ásia para Manaus. De 30 a 60 dias, para uma média de sete dias. Isso vai movimentar ainda mais a economia local”, explicou Aires.
Segundo ele, a ANAC já concedeu autorização para o serviço e a Receita Federal está finalizando a ampliação da área alfandegada necessária para o funcionamento.
As empresas responsáveis pela operação dentro do terminal também estão em fase de credenciamento.
Como funciona hoje (e por que é tão lento)
Aires esclareceu que a maior parte das mercadorias internacionais percorre um trajeto que deixa o processo mais lento dentro do Brasil do que fora dele.
Após sair da Ásia, as cargas passam pelos Estados Unidos, chegam a São Paulo, seguem para Curitiba, centro nacional de liberação dos Correios, e só então são enviadas a Manaus.
Com o novo modelo, a nacionalização e liberação ocorrerão diretamente na capital amazonense, reduzindo custos e prazos e ampliando a arrecadação de impostos para o Estado.
Logística mais eficiente também aumenta arrecadação
O coordenador destacou que, quando os produtos são nacionalizados em outros estados, a arrecadação de impostos também fica neles.
Com a operação em Manaus, a arrecadação será local, fortalecendo o caixa do Estado e da Prefeitura.












