A Caixa Econômica Federal voltou a financiar até 80% do valor de imóveis residenciais, ampliando em 10 pontos percentuais o limite que estava vigente desde novembro de 2024, quando a cota máxima havia sido reduzida para 70% devido a restrições de capacidade do banco.
O anúncio foi feito nesta sexta-feira (10), em São Paulo, durante o lançamento do novo modelo de crédito imobiliário, que permite a liberação total dos depósitos compulsórios da poupança, medida que deve ampliar o acesso da classe média à casa própria pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
Segundo o presidente da Caixa, Carlos Vieira, a decisão foi possível graças às mudanças nas regras do uso do FGTS e da poupança.
“O novo modelo cria um ambiente mais favorável à habitação e garante mais previsibilidade aos financiamentos”, afirmou.
Injeção imediata de R$ 20 bilhões
O novo modelo de crédito habitacional deve injetar cerca de R$ 20 bilhões em recursos para financiamentos imobiliários e permitir que a Caixa financie 80 mil unidades a mais até o fim de 2026, conforme estimativa do Ministério das Cidades.
Durante o evento, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro da Fazenda Fernando Haddad, o ministro das Cidades, Jader Filho, destacou que a medida fortalece o setor da construção civil e amplia o acesso à moradia.
“Esse modelo vai permitir que mais famílias brasileiras realizem o sonho da casa própria, com crédito mais acessível e sustentável”, afirmou Jader Filho.
Teto do SFH sobe para R$ 2,25 milhões
O pacote de medidas inclui ainda o reajuste do teto do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que define o limite de valor de imóveis que podem ser adquiridos com uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
O valor, congelado desde 2018 em R$ 1,5 milhão, passa agora para R$ 2,25 milhões, acompanhando a valorização dos imóveis nos últimos anos.
Mais crédito, menos restrições
As novas regras buscam equilibrar um cenário de alta demanda por imóveis, saques crescentes na poupança e juros elevados, fatores que vinham encarecendo o crédito e afastando o consumidor da compra da casa própria.
Com o novo modelo, o governo e a Caixa esperam reduzir custos de financiamento, estimular o mercado imobiliário e aquecer a economia até 2027, quando o sistema deverá operar em plena capacidade.
*Com informações de Folha de São Paulo
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