Nesta quinta-feira, 1º de agosto, vinte alunos do CETI João dos Santos Braga, em Manaus, participam do segundo e último dia da oficina gratuita de roteiro cinematográfico, promovida pelo projeto “A Casa Verde” e ministrada pelo roteirista amazonense Rafael Ramos.
Com carga horária total de oito horas, a oficina teve início no dia 31 de julho e é realizada como contrapartida cultural do roteiro do longa-metragem “A Casa Verde”, atualmente em desenvolvimento.
“Mais do que ensinar técnicas de roteiro, queremos estimular os alunos a contarem suas próprias histórias, com suas paisagens, personagens e vivências. A Amazônia não é só cenário: é linguagem, é dramaturgia viva”, afirma Rafael Ramos.
Durante a formação, os alunos aprendem noções de estrutura narrativa, criação de personagens, escrita de cenas, construção de diálogos e o uso simbólico do território amazônico nas narrativas. A metodologia é prática e voltada ao protagonismo dos participantes.
O projeto “A Casa Verde” é livremente inspirado na obra “O Alienista”, de Machado de Assis, e nas ideias do pensador indígena Ailton Krenak. O roteiro é assinado por Rafael Ramos e Tércio Silva, sócio-fundador da Buia Teatro Company.
A oficina é parte da contrapartida do projeto selecionado pelo edital nº 01/2023, do Governo do Amazonas, por meio do Conselho Estadual de Cultura (Conec) e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, com recursos da Lei Paulo Gustavo e apoio do Ministério da Cultura (MinC).
A atividade ocorre nas dependências do CETI João dos Santos Braga, escola pública de tempo integral localizada em Manaus.
“Nosso compromisso é formar, dialogar e devolver à sociedade o conhecimento que movimenta o projeto. A escolha de uma escola pública de tempo integral para essa oficina reforça a potência da educação como caminho de transformação cultural e social”, destaca o diretor e idealizador do projeto, Tércio Silva.
O projeto do longa-metragem “A Casa Verde” está em fase de desenvolvimento e propõe uma abordagem contemporânea e regionalizada da obra de Machado de Assis, incorporando elementos do território amazônico e reflexões sobre identidade, linguagem e pertencimento.
A formação busca incentivar o interesse dos estudantes pela produção audiovisual e fortalecer a valorização das narrativas locais.
Os organizadores esperam que a oficina contribua para ampliar o acesso à linguagem cinematográfica e para o surgimento de novas vozes criativas na região.
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