Ciranda Tradicional é campeã do 27º Festival de Cirandas de Manacapuru 2025

Espetáculo da Ciranda Tradicional no 27º Festival de Cirandas de Manacapuru, com alegoria gigante iluminada e fogos de artifício no céu.
A Ciranda Tradicional venceu o 27º Festival de Cirandas de Manacapuru com o tema “Sapucai’Ay: O Grito que Vem das Águas”: (Foto: Aguilar Abecassis/Secretaria de Cultura e Economia Criativa)

A Ciranda Tradicional conquistou o título de campeã do 27º Festival de Cirandas de Manacapuru, realizado entre os dias 29 e 31 de agosto, no Parque do Ingá, o Cirandódromo. A agremiação obteve 279,7 pontos, superando por uma pequena margem a Flor Matizada (279,5) e a Guerreiros Mura (279,2).

Com a vitória, a ciranda das cores vermelho, dourado e branco soma agora seis títulos, consolidando-se como uma das principais forças do festival.

Além da disputa das cirandas, o festival também premiou as torcidas. A Família Matizada (Fama) conquistou seu 17º título como torcida mais vibrante e organizada do Cirandódromo.

Um espetáculo grandioso

A Tradicional foi a segunda a se apresentar no sábado (30), com o tema “Sapucai’Ay: O Grito que Vem das Águas”. O espetáculo trouxe uma denúncia sobre as ameaças das mudanças climáticas, mas também celebrou a força e a resistência de povos indígenas, quilombolas e ribeirinhos.

Com alegorias imponentes, cores vibrantes, hologramas e efeitos pirotécnicos, a entrada da agremiação empolgou o público que lotava o Cirandódromo.

O início do espetáculo contou com a encenação de uma criança indígena clamando pela preservação das águas, seguida do cordão de entrada caracterizado como seres aquáticos e encantados, em uma coreografia que incluiu até um balé aéreo.

Tradição e religiosidade

A apresentação também fez referências à religiosidade católica e às matrizes africanas. Um dos momentos mais marcantes foi a representação de Oxum, orixá associado às águas doces, exaltando a espiritualidade amazônica.

Em meio à arquibancada, o cordão principal surgiu entre bandeiras da Torcida Organizada Tradicional e foi conduzido pelos próprios torcedores até a arena, ampliando a interação entre espetáculo e público.

Bastidores e emoção

Segundo o presidente da Ciranda Tradicional, Magal Pinheiro, o resultado foi fruto de um planejamento de quase um ano.

“Foi uma noite encantadora, de um sonho realizado desde setembro do ano passado, após o festival. Foi um tema escolhido com muito carinho, estamos muito felizes por essa noite. Foi uma noite mágica da Ciranda Tradicional”, declarou.

Entre os destaques do espetáculo, a personagem Constância da Tradicional foi interpretada por Gabriella Oliveira, que descreveu a experiência como inesquecível.

“Não sei como expressar a minha sensação de ter representado a Constância da minha Ciranda. Deu um flashback de quando eu ainda estava no ensaio. Viver tudo isso foi muito gratificante”, contou.

A bailarina Beatriz Negreiros, que estreou no cordão cênico, destacou o esforço coletivo:

“Foi uma pequena participação, mas foi muito grande para todos nós, foi algo muito elaborado. O coração foi a mil e estou muito feliz e alegre com uma sensação já de campeã”.

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