O Censo Demográfico 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que o Brasil possui 6 milhões de mulheres a mais do que homens. Do total de 203 milhões de habitantes, 104,5 milhões são mulheres (51,5%) e 98,5 milhões são homens (48,5%).
A diferença entre os sexos, que já vinha sendo observada em décadas anteriores, aumentou ao longo do tempo. Em 1980, para cada 100 mulheres havia 98,7 homens; em 2010, a proporção caiu para 96,0; e em 2022 chegou a 94,2.
Segundo especialistas, o quadro reflete principalmente a maior mortalidade masculina, presente em todas as faixas etárias.
Diferença se repete em todas as regiões
O predomínio feminino é registrado em todas as grandes regiões do país. A novidade do último Censo é a Região Norte, que pela primeira vez passou a ter população feminina superior à masculina, com razão de sexo de 99,7.
Já o Sudeste mantém, desde os anos 2000, a menor proporção de homens em relação às mulheres, ampliando o desequilíbrio ao longo do tempo.
Mortalidade masculina influencia na pirâmide etária
Embora nasçam mais meninos do que meninas, o cenário se inverte à medida que a idade avança. Até os 19 anos, há mais homens do que mulheres no Brasil, mas, a partir dos 25 anos, a mortalidade por causas externas, como acidentes de trânsito e violência, além de fatores relacionados à saúde, leva ao predomínio feminino em todas as faixas etárias seguintes.
No Nordeste, a inversão acontece mais cedo: já entre os 20 e 24 anos, as mulheres se tornam maioria. Nas idades mais avançadas, a diferença cresce ainda mais, resultado da maior expectativa de vida das mulheres brasileiras.
Impactos sociais e demográficos
O predomínio feminino tem reflexos diretos na organização da sociedade e no planejamento de políticas públicas.
A composição populacional influencia desde a demanda por serviços de saúde até políticas de emprego, previdência e segurança pública.
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