O governo de Israel e o grupo Hamas concordaram, nesta quinta-feira (9), em dar andamento à primeira fase do acordo de paz mediado pelos Estados Unidos, encerrando oficialmente o conflito iniciado em outubro de 2023.
O documento prevê cessar-fogo permanente em até 24 horas, troca de prisioneiros entre as partes, retirada parcial das tropas israelenses da Faixa de Gaza e envio imediato de ajuda humanitária.
O acordo, assinado no Egito, marca o primeiro consenso formal entre as partes desde o início da guerra, que deixou mais de 67 mil mortos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde palestino.
Em Israel, os ataques de 7 de outubro de 2023 resultaram em 1.200 vítimas, segundo autoridades locais.
Comitê internacional e reconstrução de Gaza
A fase inicial do plano prevê a criação de um comitê internacional responsável por supervisionar a reconstrução da Faixa de Gaza e garantir a segurança local.
O texto também estabelece que o Hamas não terá participação política ou presença armada na região durante o processo de transição.
De acordo com o negociador-chefe do grupo, Khalil al-Hayya, a guerra “acabou permanentemente”.
Ainda há, porém, impasses em relação à desmilitarização completa do Hamas, ponto que será tratado nas próximas etapas das negociações.
Reações no Oriente Médio
Em comunicado, o Hamas pediu que a comunidade internacional pressione Israel para cumprir integralmente os termos do acordo.
“Os sacrifícios de nosso povo não serão em vão. Permaneceremos firmes em busca de liberdade, independência e autodeterminação”, declarou o grupo.
Em Israel, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu classificou o resultado como uma “vitória diplomática e moral”.
“Com determinação, ação militar e o apoio de nosso aliado, o presidente Trump, chegamos a um ponto de virada histórico”, afirmou.
Posição dos Estados Unidos
O presidente Donald Trump celebrou o acordo em pronunciamento na Casa Branca. “Encerramos a guerra em Gaza e criamos as bases para uma paz duradoura. A libertação dos reféns deve ocorrer já na próxima segunda-feira (13) ou terça”, disse.
O acordo de paz entre Israel e Hamas encerra dois anos de um dos conflitos mais intensos do século, com impacto humanitário sem precedentes no Oriente Médio e pressões internacionais crescentes por um cessar-fogo permanente.
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