Desemprego atinge menor marca em 11 anos no Brasil; no Amazonas índice é de 7,7%

Carteira de Trabalho. (Foto: Reprodução)

Brasil registrou taxa de desocupação de 6,7% no segundo trimestre de 2025, a menor para o período desde 2014, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (14) pelo IBGE, por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).

O número representa queda de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (7,3%) e de 0,7 ponto frente ao mesmo período de 2024 (7,4%).

Ao todo, o país soma 7,4 milhões de pessoas desocupadas, uma redução de 5,2% em relação ao primeiro trimestre deste ano e de 9,1% frente ao segundo trimestre do ano passado.

O contingente de ocupados chegou a 102,3 milhões, o maior já registrado pela série histórica iniciada em 2012.

Norte reduz desemprego, mas taxa permanece alta

Na Região Norte, a taxa caiu de 8,8% para 8,1% na comparação trimestral, mantendo-se, porém, acima da média nacional. O índice é o quarto mais alto entre as grandes regiões, atrás do Nordeste (9,7%), Sudeste (7,1%) e Centro-Oeste (6,9%).

O Amazonas apresentou desempenho positivo: o desemprego passou de 9,3% para 8,5%, impulsionado pelo aumento da ocupação no comércio, indústria e serviços.

Ainda assim, o estado mantém patamar superior ao nacional, com destaque para a alta taxa de informalidade, que atinge quase 50% dos trabalhadores.

O Nordeste continua liderando o ranking de desocupação no país, com 9,7%, apesar de registrar queda em relação ao trimestre anterior (10,5%). As menores taxas foram observadas em Santa Catarina (3,4%), Mato Grosso (3,8%) e Mato Grosso do Sul (4,3%).

Informalidade e desalento

A informalidade atingiu 38,6 milhões de pessoas no Brasil, o que equivale a 37,7% da população ocupada. No Norte e Nordeste, o percentual ultrapassa 50%.

O número de desalentados, pessoas que desistiram de procurar trabalho, foi de 3,1 milhões, queda de 8,6% frente ao trimestre anterior. No Norte, o desalento caiu 10%, mas ainda representa mais de 350 mil pessoas.

Rendimento e setores

O rendimento médio real habitual foi de R$ 3.075, estável frente ao trimestre anterior e com alta de 3,4% em relação ao mesmo período de 2024.

O crescimento da ocupação foi puxado principalmente pelos setores de serviços (1,3 milhão de pessoas a mais), comércio (800 mil) e indústria (350 mil).

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