Protestos contra o feminicídio e outras formas de violência contra as mulheres mobilizaram manifestantes em diversas cidades brasileiras neste domingo (7). Segundo o movimento Levante Mulheres Vivas, houve convocação de atos em pelo menos 20 estados e no Distrito Federal.
As manifestações ocorreram após uma série de casos recentes que ganharam repercussão nacional, ampliando a pressão por políticas públicas de prevenção e enfrentamento à violência de gênero. O Brasil registrou mais de mil feminicídios em 2025, incluindo crimes recentes em Brasília, São Paulo, Santa Catarina e outras regiões do país.
Ato em São Paulo reuniu 9,2 mil pessoas
Na capital paulista, o protesto teve concentração ao meio-dia em frente ao Masp, na Avenida Paulista, e reuniu 9,2 mil pessoas, segundo levantamento do Monitor do Debate Político do Cebrap em parceria com a USP.
Faixas com frases como “Mulheres Vivas” e “Basta de feminicídio” marcaram o ato.
A mobilização fez referência a dois crimes registrados na região metropolitana neste domingo: os assassinatos de Daniele Guedes Antunes, de 38 anos, em Santo André, e de Milena de Silva Lima, de 27 anos, em Diadema, ambas mortas por ex-companheiros.
Protestos no Amazonas
No Amazonas, protestos ocorreram em Manaus e Parintins no fim da tarde deste domingo (7).
Em Manaus, manifestantes se reuniram na Praça do Congresso, no Centro. Cartazes com mensagens como “parem de nos matar” e “basta de feminicídio” marcaram o tom do ato, que também teve falas sobre a necessidade de políticas públicas e fortalecimento da rede de proteção.
Em Parintins, o ato ocorreu em frente à Catedral de Nossa Senhora do Carmo, no Centro Histórico. Grupos de movimentos sociais, trabalhadores, estudantes e representantes do Boi Garantido formaram um grande círculo na praça, pedindo justiça para as vítimas e medidas de prevenção.
Manifestações no Rio, DF, Santa Catarina, Minas Gerais, Paraíba e Pernambuco
No Rio de Janeiro, centenas de pessoas ocuparam a orla de Copacabana. O estado registrou 79 feminicídios e 242 tentativas em 2025, segundo o ISP.
Em Brasília, o ato reuniu dezenas de mulheres na Torre de TV e destacou o assassinato da cabo do Exército Maria de Lourdes Freire Matos, de 25 anos, morta dentro de um quartel na última sexta-feira (5).
Em Florianópolis, manifestantes caminharam da Ponte Hercílio Luz até o Ticen, com homenagens à professora Catarina Kasten, de 31 anos, estuprada e assassinada em uma trilha em novembro.
Em Belo Horizonte, mulheres marcharam da Praça Raul Soares até o Centro, pedindo políticas de proteção e responsabilização de agressores.
Na Paraíba, atos em João Pessoa e Parnaíba denunciaram o aumento das mortes no estado, que já superou os números de 2024.
No Recife, cerca de 5 mil pessoas caminharam da Rua da Aurora ao Marco Zero. O ato relembrou a morte de Isabele Gomes de Macedo e seus quatro filhos, vítimas de um incêndio provocado pelo companheiro.
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