O estado do Amazonas registrou, em 2024, a maior taxa de roubos de celulares da região Norte, com 274 ocorrências por 100 mil habitantes, e aparece entre os seis estados com os piores índices do país. Além disso, liderou os furtos de celulares na região, com taxa de 308,2 por 100 mil habitantes, acima da média nacional.
Os dados constam no 19º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública com base em registros oficiais das secretarias estaduais.
O levantamento mostra que, apenas no Amazonas, foram 12.509 roubos e 14.057 furtos de celulares registrados em delegacias ao longo do ano.
Na comparação com os demais estados da região Norte, o Amazonas se manteve no topo das estatísticas. Rondônia, Amapá e Pará também apresentaram taxas de roubo superiores à média nacional, que foi de 157,7 roubos por 100 mil habitantes. Já a média nacional de furtos de celulares foi de 292,8 por 100 mil habitantes.
Em termos nacionais, o Amazonas aparece:
- 6º lugar em roubos de celulares
- 14º lugar em furtos de celulares
Os maiores índices de roubo de celulares foram registrados no Distrito Federal (517,3), Pernambuco (483,7), Rio de Janeiro (479,3) e Amapá (345,5). Nos furtos, lideram o Distrito Federal (477,3), Amapá (363,8), São Paulo (331,3) e Rondônia (317,1).
Os crimes envolvendo celulares refletem, segundo o Fórum, uma combinação de fatores que incluem:
- Alta demanda por aparelhos no mercado informal
- Revenda facilitada e com pouca fiscalização
- Fragilidade nos mecanismos de rastreio e bloqueio por IMEI
- Pouco engajamento da população em registrar boletins de ocorrência
Além disso, em muitas capitais, incluindo Manaus, há denúncias de atuação de quadrilhas especializadas, com envolvimento de organizações criminosas e uso dos aparelhos roubados em práticas de extorsão e fraudes bancárias.
Impactos diretos na população
O celular, por reunir dados pessoais, bancários e profissionais, tornou-se alvo preferencial da criminalidade urbana. A violência associada aos roubos, muitas vezes praticados com uso de arma de fogo, eleva o sentimento de insegurança nas cidades e dificulta a mobilidade e o uso livre do aparelho em espaços públicos.
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública alerta que os crimes patrimoniais, como o roubo e o furto de celulares, devem ser tratados como prioridade nos estados com maiores taxas, sobretudo na região Norte.
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