O Amazonas registrou saldo migratório negativo de –46.358 pessoas entre 2017 e 2022, segundo o Censo Demográfico 2022 do IBGE. O estado recebeu 45.789 imigrantes, mas contabilizou 92.147 emigrantes, resultando em uma taxa líquida de migração de –1,18%.
Outros estados da região também tiveram perdas: o Pará apresentou saldo de –94 mil, Rondônia de –22 mil, Acre de –23,7 mil e Amapá de –17,5 mil. Roraima foi o que menos perdeu na região, com –2,7 mil.
Na Região Norte como um todo, o saldo migratório foi de –201 mil pessoas. Foram 231 mil imigrantes vindos de outras partes do país e 432 mil emigrantes no mesmo período. O resultado negativo representa uma mudança histórica, já que desde 1991 a região atraía mais migrantes do que enviava.
Em âmbito nacional, os dados mostram que 19,2 milhões de pessoas vivem fora da região de nascimento, sendo 10,4 milhões de nordestinos. Desse grupo, 6,8 milhões (65,5%) moram no Sudeste, confirmando o fluxo histórico de nordestinos para essa região.
Entre os estados, 29 milhões de brasileiros residem fora da unidade da federação em que nasceram. São Paulo tem o maior contingente de não naturais, com 8,6 milhões de pessoas, mas pela primeira vez registrou saldo migratório negativo: –90 mil entre 2017 e 2022. O Rio de Janeiro teve a maior perda líquida do país, com –165 mil pessoas.
No sentido oposto, Santa Catarina liderou o crescimento populacional por migração, com saldo de +354 mil, equivalente a 4,66% da população do estado. Goiás (+186 mil), Minas Gerais (+106 mil) e Mato Grosso (+104 mil) também apresentaram ganhos significativos.
O levantamento do IBGE ainda destaca a Paraíba como o único estado do Nordeste com saldo positivo: +31 mil pessoas, resultado que não se repetia desde 1991. O movimento foi impulsionado por fluxos de retorno vindos principalmente de São Paulo e Rio de Janeiro.
Os dados completos estão disponíveis no portal do IBGE, na publicação Censo Demográfico 2022: Fecundidade e migração.
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